Por Dentro

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O Equilíbrio



Simples assim, como uma balança. É desta forma que vejo nós dois. Completamos-nos, e quando estamos juntos, tudo se equilibra. Não há excessos nem faltas. Nada a mais, nem a menos. É a medida ideal: o yin e o yang, a tampa e a panela, a chave e o cadeado, e tudo mais.

Por tanto tempo omiti para o mais íntimo e profundo eu que habita em mim. Tentei negar, rejeitar e escondi essa ideia, por acreditar não proceder.  Mas não teve jeito. Como um vulcão efusivo, esse sentimento veio gradativamente, ganhando espaço e se espalhando, de forma a solidificar a lava lentamente, permitindo que, à proporção que as ideias viessem tudo se tornasse não tão mais simples, mas aceitável.

Tentei e aprendi a lidar com isso por um tempo. Esse tempo passou, as placas se movimentaram, e esse vulcão passou a ser explosivo: tendo um efeito imediato e avassalador exigindo de mim alguma atitude, já que era tudo tão rápido e eu sentia uma necessidade de agir...

Senti-me nua, como se minhas vestes tivessem sido retiradas gradativamente, permitindo que minha pele sentisse o frio da noite... Expus-me. Mostrei-me. Foi assim, límpido como água corrente, e verdadeiro como sorriso de bebê. Minhas palavras foram proferidas, num sentido que era impossível retroceder. Arrisquei. Tentei. Consegui.Fui mais forte que imaginei e mais audaciosa do que nunca. Temi. Mantive-me firme e segui. Não é simples externar sentimentos, mostrar o EU interior.