Por Dentro

quarta-feira, 23 de março de 2011

Relacionamentos


As oportunidades surgem pra gente e muitas vezes permitimos que vão embora, com a mesma facilidade que a água escorre entre nossos dedos; estamos convictos de que o que é nosso ninguém tira.
Isto acontece porque sempre que acreditamos em nós mesmos, em nossas qualidades e atributos que atraem e permitem que o sexo oposto [ou o mesmo sexo] permaneça ao nosso lado, adquirimos certa segurança. Esta, por sua vez, faz com que não nos esforcemos (tanto) para agradar o outro e achemos que está tudo certo, na mais perfeita ordem!
A cada dia, o relacionamento (qualquer que seja) vai adquirindo uma característica monótona, por conta dessa segurança, já que ninguém se dedica a agradar. Os gestos de carinho e afeto tornam-se banais; as conversas, desnecessárias. E assim, os dias vão passando, até que o outro, cheio de carências e espaços vazios encontra alguém que esteja disposto a preenchê-los. Neste momento, há um despertar, uma descoberta de mundo paralelo e de que há sim, amor, carinho, afeto, atenção, comprometimento e tudo que um dia esquecemos por sermos “bons demais”.
Simultaneamente, despertamos. A atitude do outro faz com que ponhamos nossas ideias em evidência. “Tudo estava tão bem!! Eu sempre fui a mulher ideal. Algo de errado está acontecendo com ele!” Mas, não!! “Ele” cansou! Partiu, tomou o seu rumo, independente do seu,  sra “eu sou boa demais”.
O mínimo que podemos fazer para continuarmos ao lado de quem amamos, é demonstrar  através de pequenas ações o quanto são importantes para nós; estas ações precisam ser constantes, diárias. O outro também precisa de palavras de afeto no relacionamento. É neste instante, que tomamos consciência de que os relacionamentos são como uma flor: precisam de água, fonte de alimento e energia para que permaneçam vivos e felizes.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ah... o amor!



Certo dia, o amor chegou pra mim e disse: “Vou ali!!”... E nunca mais voltou! Até hoje não tenho notícias. Alguns dizem que ele é como um adolescente irresponsável: age sem pensar, fala o que vem à cabeça, não se importa com a opinião alheia e é totalmente imaturo. Só que tudo na vida tem seu momento e o amor um dia vai amadurecer e chegar no tempo certo, com experiências e vivências que o tornarão mais maduro e responsável.
A vida vai lhe ensinar a lidar com as pessoas e não fazê-las chorar, por qualquer motivo que não seja felicidade. Ah... A vida é severa!! Dizem também que é a mãe do amor! Ele foge, percorre distâncias e aprende muito, nesta viagem em busca de aventuras. Quando retorna, traz na bagagem o peso de sua vivência e experiência; fica mais manso, com arrependimentos e medo do que abandonou.
Quando o amor resolver voltar, não o receberei de braços fechados. O acolherei e aceitarei o seu perdão; o amor é delicado, envolve e acalenta. Mas, só o amor mais maduro, “ o responsável”.
Enquanto o amor não chega, me preocupo com outros sentimentos, que o suprem muito bem! Não estou na expectativa. Darei a ele o seu tempo, para que volte a mim com suas certezas e argumentos, e me explique o porquê de nunca ter mandado lembranças!


quarta-feira, 9 de março de 2011

Baú dos sentimentos


Nossos sentimentos são como um baú trancado: dentro dele, habita o mais precioso tesouro e somente aqueles que são merecedores receberão esta preciosa recompensa. A batalha é dura, o esforço é árduo. Para conseguir a chave que abre o tal do baú, o caminho é longo e nem todos têm fôlego ou força de vontade para encontrar a “linha de chegada”.
Às vezes, nós nos fechamos –até como um baú, mesmo- e resguardamos tudo de mais precioso que sentimos, esperando por alguém que faça valer a pena o tempo que passou. Porém, este alguém pode não chegar, ou simplesmente não ser tudo aquilo que acreditávamos, ou sonhávamos que um dia fosse. Sabe por quê? Ah...Esta é fácil demais! Porque somos seres humanos. Estamos suscetíveis a erros e acertos. E outra coisa: contos de fadas, são só para garotinhas, tá? Você pode acreditar que eles existem. Mas, sinto muito pela sua escolha, pois tenho o azar de lhe contar que você vai continuar sofrendo, e muito!
Devemos nos permitir. Precisamos disto para sobreviver; temos a necessidade de ampliar nossos horizontes, de tentar algo novo, e ir à busca de oportunidades desconhecidas. O novo pode assustar, entendo. Só que, ninguém vive sozinho. Pode até viver, mas infeliz. Hoje em dia, quem quer ficar só?!?! Eu, não!


segunda-feira, 7 de março de 2011

Eu, insegura (o)?... Magina!


 Por que temos uma mania estúpida de achar que o do outro é sempre melhor do que o nosso? Por que nos sentimos tão inseguros e nunca temos convicção ao responder algo, e quando alguém mais seguro de si responde, a gente se odeia, se estressa com a gente mesmo, pensando que poderia ter dado aquela ideia ou aquela dica que poderia revolucionar o mundo, e no final de tudo, ainda ganhar os créditos?!?!
Tenso, muito tenso. Quando estou prestando atenção às aulas (é, sou estudante! ),sempre penso: “Gostaria de ter uma máquina do tempo, pra assistir à aula de hoje e voltar no passado. Então, saberia todas as respostas, todas as soluções necessárias...”. Sabe por que isso não acontece? Simplesmente porque não sou melhor que ninguém. Se eu tivesse esse direito, todos teriam também. E já pensou o caos que seria o mundo? Nossa vida seria uma desordem total: ninguém teria dúvida de nada; já saberíamos se iríamos levar um fora, e como conseqüência, não nos atreveríamos a arriscar na cantada;  não estudaríamos, pois já saberíamos a resposta das questões da prova...enfim!
O problema, caro leitor, é que justamente o nosso passado que faz com que tenhamos uma história; nossas experiências nos tornam seres ímpares. Não temos poder de previsão. Isso permite com que tenhamos coragem pra arriscar. Como diz o famoso ditado: “Quem não arrisca, não petisca.” Se está interessado, arrisque! Confie em você. Busque mecanismos de expressar o que pensa, o que sente (olha eu aqui! ^^’). Se for bom com a escrita, faça textos, divulgue-os. Se gosta de cantar e faz bem, cante. Se souber declamar, cite os mais belos poemas, ou os crie! Seja você. Tenha autoconfiança!
Não é somente a comida do vizinho que é a mais gostosa. O vizinho pode saber cozinhar, mas você pode se comunicar como ninguém! Isso faz de vocês pessoas diferentes. Ele com certeza olha pra você e sente vontade de ser tão comunicativo quanto, e você nem sabe! Pense nisso!


sábado, 5 de março de 2011

O ciclo...da vida!

Num momento da vida, dois gametas se encontram: um X e outro, Y, cada um com sua característica peculiar. E juntos, dão origem a um único ser, resultado da união dos dois. Este se desenvolve num local bem esquisito, escuro e quentinho, alimentando-se com facilidade e crescendo ao longo do tempo. Porém, o momento chega. “Oops! Que momento?!? Está tudo tão bem!”. O momento de encarar a realidade, de ter que lutar pelo que se deseja.
Aprendemos a nos esforçar, a nos submeter a certas situações desde bebês, quando precisamos chorar para conseguir nosso alimento. Assim, crescemos. Só que muitos de nós aprendemos também, que chorar nem sempre vai nos recompensar. Isto deixa pros bebês!
Cada fase, uma dificuldade. A partir dos primeiros passos, damos sempre outros, aumentando o nível: andar, falar, ler, escrever, interpretar, estudar, dedicar, abdicar, desesperar, acreditar e finalmente, o reconhecimento. Reconhecimento pessoal e profissional. Afinal, o que seria da vida, qual seria o seu sentido, se nós nos esforçássemos tanto, lutássemos sempre para conquistar  somente o desconhecido? A concorrência é acirrada. Mas isso é fichinha! Se conseguimos sair na frente de 400 milhões, lá no nosso passado mais distante [e inconsciente], o que uns 30 ou 40 indivíduos vão representar pra gente?!? Nada! “Fala sério, né”?



sexta-feira, 4 de março de 2011

Olhares e almas



Num momento inesperado, uma alma se identifica com outra e busca formas de estar sempre próxima. Procura mecanismos de interação- envolvimento e tenta, a todo instante, seduzir. Não no sentido pejorativo, malicioso, mas no sentido de atração. Isto mesmo, tenta atrair todos os olhares para si, sem se importar com que os outros vão pensar. Outros? Quais outros? Esta alma quer mesmo os melhores sentimentos que a outra alma pode lhe proporcionar.
Seus olhares são como cargas positivas e negativas, atraindo-se. Há uma necessidade de interação, de estar sempre próximos. Esta relação é multidisciplinar: atrações físicas, uma intensa química e lógica zero. Não há porquês e sim, “poréns”. Um queria o outro. Mas, como? Como explicar para si mesmo, que é possível sim, dar o braço a torcer e permitir que haja novamente um encontro?
Acontece caro leitor, que uma destas cargas ganhou elétrons e atração ficou mais fraca: repulsavam-se, repudiavam-se. Mas, o tempo passou. E nesta lógica zero, o tempo permitiu que uma destas almas, tratada como “uma carga eletricamente instável”, perdesse elétrons: elétrons do ódio, do rancor. E então, ela voltou mais uma vez, a se sentir atraída pela outra alma, eletricamente “neutra”.