Por Dentro

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O que levarei de 2011??


Mais um ano está chegando ao seu fim, e dele, levo muitos aprendizados. Cada dia, uma luta pela sobrevivência, novas conquistas, adaptações e medo de não conseguir obter o êxito. No entanto, a gente muda e percebe que à proporção que os anos vão passando, as dificuldades aumentam, mas nós crescemos e aprendemos novas formas (mais maduras) de lidar com elas.

Conheci pessoas novas e me abri pro recorrente “desconhecido”, que tanto tenho falado nos últimos textos. Abri o meu coração, sem receios. Acreditei (e acredito) no amor, e na possibilidade de sermos felizes sem sofrer...

Percebi que as pessoas nunca serão como nós queremos, por mais que a gente se esforce, não podemos criar “modelos” de seres perfeitos, para que se adequem ao nosso padrão de “amigo”. Aprendi a lidar com isso; sem frustrações. Hoje,  não  gero  tanta expectativa em cima de ninguém.

2011 foi um ano difícil. Tive de lidar com algumas tristezas, e meu anseio infinito de que ele chegasse ao fim.  Hoje, a dois dias do início de um novo tempo, vejo que o ano não passa de um número. O que importa, de fato, é o nosso estado consciencial.  É óbvio que precisamos deste período para amadurecer nossas ideias, e é o tempo (cronológico) que determina (e tolhe) muitos fatos de nossas vidas.

Sem este tempo, não posso adquirir meu título, e, consequentemente, concluir meu curso. Sem este tempo, não teria aprendido tantas coisas. É, o tempo tem uma grande influência sobre nossas vidas, e nossas decisões.

Eu espero que ano que está por vir, traga bons aprendizados e sucesso.  Particularmente, o ano de 2012 terá um grande peso. Será o ano das decisões e respostas. Apenas desejo estar preparada para tudo que está por vir, para enfrentar os desafios e acolher o sucesso.

Que 2011 leve todas as mágoas do passado, permitindo que 2012 traga os bons frutos plantados ao longo desses últimos ano. Desejo que os bons espíritos iluminem as nossas mentes, nos guiando até o caminho certo...

Grande beijo!


Feliz2012


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Ideias, pensamentos soltos e outras coisas mais



Não tem jeito. Eu sou assim. O tempo pode até ter feito algumas mudanças, mas a essência continua a mesma. Nem eu mesma consigo conviver com meus defeitos, crises, loucuras... Crio situações, imagino coisas, e se nada sai como planejado, é motivo pra minha infelicidade. É ruim pensar e agir de forma tão egocêntrica. É como se o Rei do meu umbigo fosse melhor que qualquer outro que habita nos umbigos alheios.

Algumas vezes, sinto-me como o ser mais desprezível dentre todos os Planetas.  É triste... Sinto solidão. Vivo com minhas encucações, cansada de questionar e repetir, insistentemente: “Por quê?!?” Acredito que para tudo há explicações, e as respostas sempre vêm. Cedo ou tarde, mas chegam. Isso que realmente importa para mim.

Quantas vezes, no meu momento mais solitário, parei e pensei no que vai ser de mim.... o que está me aguardando...? É sofrer com antecedência, pensar demais. Entretanto, controlar nossos pensamentos é uma das tarefas mais difíceis a ser cumprida. Quando uma ideia  vem, simplesmente a substituímos por outra, mas se algo de fato nos atormenta, ele sempre volta. Martela, martela, martela.... e eu me permito.

 Eu estava sentada. De repente, pensei que tudo poderia ser diferente. Eu poderia me esforçar mais, me empenhar mais, mas senti que não conseguiria permanecer assim por tanto tempo, sempre mais, mais e mais, já que minha energia não é a mesma. Preciso ser cautelosa, canalizar o pouco que me resta para que tudo se saia bem, no seu devido tempo, espaço e momento.

Vejo o mundo com os mesmos olhos de um observador. Não falo nada, só penso. Penso, penso, penso. Penso até demais. Aprendo muito quando analiso. Não sou de muitas palavras. Algumas bocas dizem que sou introspectiva, outras, que sou anti social....Simplesmente, falo o essencial. Minha essência, só aqueles que se importam, que realmente se empenham, conhece. Não me esforço para agradar aqueles que dão sorrisinhos medíocres de bom dia, ou boa tarde. Não tenho medo destas pessoas. A única pessoa que me faz tremer as pernas sou eu mesma.

Alguns momentos eu me importo com o que os outros pensam a meu respeito, pra entender como é a visão de fora pra dentro. Em algumas situações, a forma como falo ou escrevo parece arrogante ou prepotente, mas eu não sou assim. Queria saber se o que enxergam de mim é – na maioria das vezes -bom ou ruim. Mas, por outro lado, tudo depende dos olhos que vêem. E outra: nem sempre a gente ouve o que quer... Deixa quieto.

Sonho muito alto e tento fazer o meu melhor, quando posso, ou quando sei que vou conseguir. Algumas vezes, faço o necessário, apenas para constar. Nessas mesmas vezes, não me entrego, não penso, apenas ajo. E tem vezes que não consigo mais tolerar. É como se a válvula de escape já estivesse lá,  me chamando, implorando por mim...

Eu já não agüento mais. Quero respirar novos ares, quero ampliar meus horizontes, quero conhecer pessoas novas. Para mim, já deu. Já aprendi tudo o que tinha de aprender. Já chorei, sorri, sofri. Minha última gota já caiu. E eu ainda tenho de suportar mais um ano. Sinto. Sinto vazio. Sinto nada. Sinto pressa. Sinto vontade de acabar logo com isto, que me atormenta. Um dia, vai chegar ao fim, e eu estarei lá, confiante ao saber que, mesmo com todas as dificuldades, eu consegui superar. Nada na vida vem com facilidade. E este vai ser um título que vou guardar. Não por ser apenas o título de técnica em Geologia - aos olhares alheios. Para mim, meu diploma vai representar muito mais do que um mero papel. Será o símbolo de uma etapa concluída, de vitória. Afinal, são quase quatro anos de batalha e de esforço, que só quem passa, realmente pode entender.

 Preciso ser forte, acreditar que tudo vai acabar bem, que não passa de uma fase e que vai passar. Vai acabar logo. Tudo passa.

"Eles passarão. Eu passarinho."

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

"Eu aceito"



...E de repente eu estava ali, sem reação. A partir daquele momento, era em “nós” que eu teria de começar a pensar, e não mais apenas em “mim”. Aquele simples e sussurrado “eu aceito”, fez com que uma nova história começasse: a nossa história, que a cada dia vem sendo construída, marcada por momentos inesquecíveis, sorrisos doces e situações embaraçosas.

Hora após hora, dia após dia, volto a relembrar do instante em que tudo começou. Não apostei todas as minhas fichas e não criei expectativas, apenas vivi.  Hoje, sei que o inesperado é o melhor que pode nos acontecer, pelo simples fato de não estarmos preparados e consequentemente, sermos nós mesmos, sem máscaras, e então, nos permitimos mostrar a nossa essência.

Começo de relacionamento sempre gera expectativas, ansiedade e medos, o que, no meu ponto de vista, é extremamente normal. Acredito que o mais importante  -como já mencionei-, é viver um dia de cada vez, aprendendo a curtir os momentos ao lado do outro, registrando as cenas em mente, para sempre resgatar antes de dormir;  e perceber o  quão especial as ocasiões (até mesmo as  mais simples) se tornam quando a compainha é agradável.

Eu acredito em nós. Acredito em mim, acredito em você, e sei que sempre faremos o nosso melhor para construir um bom e resistente alicerce para sustentar o nosso relacionamento, e assim, nada, nem ninguém poderá atingi-lo. 

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Por que não chorar?!?



Desde pequena, sempre tive muita resistência para derramar uma lágrima. Acreditava que chorar é demonstrar fragilidade, fraqueza e uma tentativa barata de manipular os outros. Todas as vezes que estou prestes a entrar numa discussão, ou me encontro numa situação difícil com alguém que gosto, evito estender o assunto, simplesmente pra não me envolver e consequentemente, chorar.

Hoje em dia, isso tem trazido repercussões negativas em minha vida, pelo fato de muitas vezes calar-me para evitar um problema. Desta forma, abdico de muitas coisas, principalmente daquilo que eu acredito, pra não “bater de frente” com alguém, simplesmente por medo... A todo instante tento bancar uma imagem de pessoa forte, batalhadora e convicta de meus ideais. No entanto, não passo de uma pessoa com inseguranças, fragilidades que faz uso de uma carapaça no estilo Angelina Jolie, em “Sr e Sra Smith”.

Quando não tenho outra opção, que não seja encarar a situação, fico receosa. Tento resistir, segurar. Quando primeira lágrima cai e escorre em minha face, disfarço, tirando-a com o com as mãos, só que outra insistentemente escorre, seguida por outra, outra e mais outra. Assim, não há mais alternativas. Já estou ali, no papel de besta, totalmente fragilizada. Subitamente, sinto uma raiva de mim mesma, como se tivesse cometido o crime mais absurdo do mundo, meramente por deixar vir à tona o que estava guardado em mim.

São tantas coisas que passam em minha cabeça quando estou numa situação chata... A principal é que não gostaria de estar vivenciando tal; e a secundária, é que tenho receio de falar o que não devo, simplesmente por estar envolvida - pois geralmente é isto que acontece quando falamos sem pensar-, e uma palavra mal dita (ou maldita) pode ficar guardada no outro e machucar mais ainda...

O pior de chorar é não conseguir se controlar. Quando choro, choro calada, só as lágrimas escorrem em meu rosto. Implico-me para falar, entretanto, não passa de uma tentativa fracassada. Pensar demais é a pior solução, assim como falar demais. Sempre fico no meio termo: falo nada! Fico parada... olhando, calada, só observando, e elas lá, escorrendo, fazendo-me sentir como uma cachoeira.

A cada dia venho trabalhando isso em mim. Esforço-me para expor minha opinião, sem fazer mal a alguém, nem a mim mesma. Sei o quão é importante se expressar. É fundamental aprender a lidar com nossos bloqueios, frustrações, limitações, medos, e mais importante ainda, não ligar pros pensamentos e comentários alheios. Pior do que tudo isso, é ter uma armadura com o melhor metal e ter um coração frágil, de cristal. Um simples golpe certeiro é capaz de ultrapassar a barreira e atingir a o ponto mais fraco de alguém.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Florescer





Começamos a perceber a necessidade da presença de alguém em nossas vidas, quando sua ausência incomoda, quando sentimos saudades das palavras soltas ou das brincadeiras desnecessárias e bobas. As pessoas costumam aparecer e nunca nos damos conta da dimensão que a relação pode tomar; simplesmente, vamos levando, vivendo cada dia, fortalecendo o vínculo, e no final, percebemos que estas já fazem parte de nós, do nosso cotidiano.

O bom (mesmo) nas relações é quando conseguimos ser espontâneos; ser nós mesmos; sem ficar desconfortável, sem jeito; não há aquela sensação terrível ao sair com alguém pela primeira vez, e não se sabe se segura a mão, dá beijinho no rosto ou um abraço... Quando se está à vontade e ambos se conhecem, neste momento faz-se o que vêm à cabeça, sem medo.

Sinto que devemos estar sempre abertos ao novo, permitindo nos envolver e conhecer o outro; só assim, podemos perceber as nossas semelhanças, que a cada diálogo, tornam-se mais evidentes. Sorrio sempre ao perceber como nosso jeito, algumas manias e hábitos são meio parecidos. Mas, o que mais me surpreende, é como alguns sentimentos podem brotar de onde menos esperamos, e quando nos damos conta, ele já está lá, plantado, fincado, com raízes profundas...

Um único e singelo broto é capaz de disseminar seu pólen, e fazer florescer grandes campos de alegria, felicidade, confiança, paz e por que não o amor?!?

(...) vamos viver tudo que há pra viver; vamos nos permitir...”


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Pieces



Andando pela cidade, sem muito a pensar, de repente algo me surpreende. Num milésimo de segundo, em minha mente passaram todos os nossos momentos: aqueles que vivemos e os que não chegamos a viver. Nossos risos, olhares tímidos e a minha projeção de um dia ficarmos juntos.

Foi o seu cheiro que senti; o cheiro do seu perfume, que desperta em mim sensações de alegria, felicidade e paz. Involuntariamente, sorri. Lembrei dos seus olhos, sorriso e suas palavras doces, ao meu ouvido, soando como uma inédita e linda melodia.

Continuei a caminhar, só que desta vez, levava você em meus pensamentos , feliz por saber que em algum momento pudemos viver algo que parecia ser impossível; infeliz por saber que aquele momento mágico seria o último de nossas vidas, que como duas retas paralelas jamais iriam se encontrar.

Seu cheiro despertou em mim sensações tão puras, que me impulsionavam a acreditar em quem sabe um “nós”. Mas a razão interveio, mostrando que nossas realidades são distintas, e que jamais poderíamos nos tornar um pronome na primeira pessoa do plural. Apenas um eu e tu, distantes. Voltaríamos à estaca zero, apenas olhares, como meros desconhecidos. It hurts.

Não consigo acreditar na realidade. Dói saber da verdade. Dói saber que meus sentimentos estão reprimidos, acuados, por simples medo da vida, por medo do que está por vir. Sim, medo do meu futuro, que é mais importante do que tudo que já vivemos. Dói por ser um indivíduo egoísta. Dói pensar apenas em mim. Eu sou assim. Não sou fria, sou realista. Não podemos ficar juntos. Meu coração chora, fragmentando-se, tentando juntar seus pedaços. Pieces of Love. Pieces of  missing. Pieces of us.

Estarei distante em corpo, mas you will be in my heart. Always.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Like a bird




Sinto-me a um passo da escuridão. Minha mente tristemente não vê mais motivos para sorrir: sente-se tolida. Sua liberdade de expressão, de agir, amar e aprender está cada vez mais reprimida.  Seus pensamentos estão em busca da luz do fim do túnel: a luz da liberdade!

Cada dia, um buraco se abre, sugando todas as energias, e só aumentando minha vontade de voar, seguir meu próprio rumo, sem medos, prisões, preconceitos, repressões; conhecendo o novo, conquistando meu próprio espaço mundo afora; conhecendo pessoas, aprendendo, amando e vivendo.

Posso estar agindo precipitadamente. Não. Estou pensando, é diferente. Nossas ideias a gente amadurece com o tempo. Nada pode tirar da mente de alguém seu desejo e o direito de ser livre. Cada qual é responsável pelos seus atos.

Sinto um rancor incomensurável. Minha mágoa me desfaz, me deixando aos pedaços, que insistentemente, tento reconstruir. Mas, toda vez que termino de juntar meus cacos, pensamentos ruins vêm e destroem tudo. E mais uma vez, me desfaço.

Choro, por dentro. Sinto-me como um pássaro com asas cortadas, preso em uma gaiola. Seu canto já não encanta. Ele não vê motivos para alegrar os outros; já não há razão para agraciar alguém com a beleza de seu canto. Por quê ele se permitiria ao esforço?

Tudo que o pássaro precisa é de tempo. Tempo para amadurecer. Amadurecer suas ideias, seus planos e esperar que suas asas cresçam, para alçar vôo e sequer olhar para trás.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Carta de amor


Meu grande amor,

Eu te oferto este baú que trago em minha mão.  Nele, estão contidos o maior tesouro da minha vida, que são os mais puros e verdadeiros sentimentos que sinto por você. Neste momento, te entrego tudo que há de mais valioso, que é o meu amor. Aceite-o, pois você é merecedor desse tesouro contido dentro desse baú.
Por sorte, e boa vontade do destino, conheci você, que sem medir esforços, cruzou  fronteiras e ultrapassou obstáculos para me conquistar. Por este motivo, agradeço cada gesto e posso dizer, com muito orgulho, que você é muito especial e importante para mim e que o amor que sinto por você é incomensurável e expande as fronteiras do Universo.
Esta carta resume em poucas palavras, o que há muito tempo gostaria de lhe dizer e aproveitei esta data, que é tão especial para declarar publicamente o meu amor por ti. Você é uma pessoa muito especial em minha vida e tem conseguido ao longo desses três anos de convivência, me fazer feliz, pois, com a sua simplicidade, carisma, atenção, companheirismo, conseguiu cativar e conquistar o meu coração. Por isso, não me acanho em expressar publicamente, o quanto é importante para mim. Sabe por quê? Porque em você consigo enxergar os atributos que toda mulher busca em um homem encontrar.

Obrigada por você existir em minha vida e me fazer tão feliz!!

Feliz dia dos Namorados!

Com amor,

Ingrid Melo




sábado, 21 de maio de 2011

Dias Nublados


Incrível como dias nublados têm a capacidade de me deixar triste e alegre ao mesmo tempo. É um sentimento antagônico. Fico triste pelo fato de ser sombrio, frio, silencioso e vazio. Já minha felicidade se dá por muitas vezes eu me sentir assim. Me identifico com os dias nublados por conta da nossa semelhança.
Não há razões ou explicações que possam exprimir meus sentimentos. Não há revoltas nem justificativas cabíveis. É muito difícil viver sem saber lidar com o próximo. É duro não se sentir acolhido e nem ao menos saber o porquê. É complicado andar e ter dúvidas a respeito do que sentem por nós.
Sabe, de tudo que acontece, para mim é mais reconfortante acreditar que é uma fase. Cada situação, cada obstáculo será superado. E no final de tudo, vai passar. Vou sair vitoriosa e meu ônus recompensará cada dia de medo, de ansiedade, incapacidade, tristeza, choro, dor,  sofrimento...
É assim... A gente só aprende depois que vivencia tal situação.  Aprendemos acreditar que um dia se difere do outro, e cada um no final de tudo, terá seu significado. E quando chegarmos “lá” seremos alguém justamente pela nossa experiência. Isso faz de nós indivíduos ímpares.
                Durante essa caminhada até o “lá”, conheceremos pessoas, iremos amar, chorar, sorrir e talvez nos sentiremos finalmente acolhidos; e os dias nublados se tornarão dias felizes simplesmente por estarmos ao lado de pessoas que nos farão bem.  Estes dias, finalmente não serão mais tão sombrios,tristes ou vazios. Serão apenas dias nublados e mais nada.


domingo, 24 de abril de 2011

Do outro lado


Todos os dias, travo uma briga com meu pior inimigo, que por pura coincidência, também é  meu melhor amigo. Ao acordar, deparo com ele, com seu mal humor matinal , que já não afeta tanto os outros. Sua aparência infeliz e desajeitada me incomoda, mas nada que não se resolva ao longo do dia...
Meu amigo é inconstante, está presente em lugares específicos. Sempre que , faço questão de olhar em seus olhos e sorrir, quando estou bem. Por outro lado, quando tudo está mal e nos encontramos ao acaso, é ele quem bem sabe e me entende; mais do que qualquer outra pessoa no mundo todo.
Há algum tempo, tenho evitado encontrar com este amigo, pois ele tem dito verdades que faço questão em não acreditar. Dói em mim saber e ver em seus olhos que não estou bem. Recuso seus conselhos. Seu jeito me irrita.  Sua aparência é desprezível. Posso dizer que estou desenvolvendo uma aversão a ele. Isso é triste, sei bem.
Sinto medo de como nossa relação vai se desenvolver ao longo dos anos. Apesar de tudo, eu o amo muito. Quando ficamos sem nos ver, sinto sua falta. Tenho uma necessidade indescritível de sempre saber como que anda a situação; se está tudo nos conformes e só então, sinto paz pra seguir em frente...
Algumas vezes, quando paramos pra nos entender, as palavras tornam-se banais e  sincronizadamente, lágrimas rolam sobre nossos rostos e lembranças passam em minha mente, de lugares, pessoas, momentos, cheiros, enfim...
Sei que em qualquer momento, quando todos tiverem ido, o meu amigo, aquele que sempre está lá, do outro lado do espelho, me dará as soluções necessárias para que eu resolva grandes ou insignificantes problemas. Só ele quem tem a capacidade de me julgar como ninguém e por este motivo, são as piores críticas. Só ele sabe o que sinto, o que penso; dos meus medos e anseios. Só ele pode me encorajar e acreditar na minha capacidade de seguir em frente, me estimulando quando tudo estiver perdido. Só ele. Mais ninguém.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Relacionamentos


As oportunidades surgem pra gente e muitas vezes permitimos que vão embora, com a mesma facilidade que a água escorre entre nossos dedos; estamos convictos de que o que é nosso ninguém tira.
Isto acontece porque sempre que acreditamos em nós mesmos, em nossas qualidades e atributos que atraem e permitem que o sexo oposto [ou o mesmo sexo] permaneça ao nosso lado, adquirimos certa segurança. Esta, por sua vez, faz com que não nos esforcemos (tanto) para agradar o outro e achemos que está tudo certo, na mais perfeita ordem!
A cada dia, o relacionamento (qualquer que seja) vai adquirindo uma característica monótona, por conta dessa segurança, já que ninguém se dedica a agradar. Os gestos de carinho e afeto tornam-se banais; as conversas, desnecessárias. E assim, os dias vão passando, até que o outro, cheio de carências e espaços vazios encontra alguém que esteja disposto a preenchê-los. Neste momento, há um despertar, uma descoberta de mundo paralelo e de que há sim, amor, carinho, afeto, atenção, comprometimento e tudo que um dia esquecemos por sermos “bons demais”.
Simultaneamente, despertamos. A atitude do outro faz com que ponhamos nossas ideias em evidência. “Tudo estava tão bem!! Eu sempre fui a mulher ideal. Algo de errado está acontecendo com ele!” Mas, não!! “Ele” cansou! Partiu, tomou o seu rumo, independente do seu,  sra “eu sou boa demais”.
O mínimo que podemos fazer para continuarmos ao lado de quem amamos, é demonstrar  através de pequenas ações o quanto são importantes para nós; estas ações precisam ser constantes, diárias. O outro também precisa de palavras de afeto no relacionamento. É neste instante, que tomamos consciência de que os relacionamentos são como uma flor: precisam de água, fonte de alimento e energia para que permaneçam vivos e felizes.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ah... o amor!



Certo dia, o amor chegou pra mim e disse: “Vou ali!!”... E nunca mais voltou! Até hoje não tenho notícias. Alguns dizem que ele é como um adolescente irresponsável: age sem pensar, fala o que vem à cabeça, não se importa com a opinião alheia e é totalmente imaturo. Só que tudo na vida tem seu momento e o amor um dia vai amadurecer e chegar no tempo certo, com experiências e vivências que o tornarão mais maduro e responsável.
A vida vai lhe ensinar a lidar com as pessoas e não fazê-las chorar, por qualquer motivo que não seja felicidade. Ah... A vida é severa!! Dizem também que é a mãe do amor! Ele foge, percorre distâncias e aprende muito, nesta viagem em busca de aventuras. Quando retorna, traz na bagagem o peso de sua vivência e experiência; fica mais manso, com arrependimentos e medo do que abandonou.
Quando o amor resolver voltar, não o receberei de braços fechados. O acolherei e aceitarei o seu perdão; o amor é delicado, envolve e acalenta. Mas, só o amor mais maduro, “ o responsável”.
Enquanto o amor não chega, me preocupo com outros sentimentos, que o suprem muito bem! Não estou na expectativa. Darei a ele o seu tempo, para que volte a mim com suas certezas e argumentos, e me explique o porquê de nunca ter mandado lembranças!


quarta-feira, 9 de março de 2011

Baú dos sentimentos


Nossos sentimentos são como um baú trancado: dentro dele, habita o mais precioso tesouro e somente aqueles que são merecedores receberão esta preciosa recompensa. A batalha é dura, o esforço é árduo. Para conseguir a chave que abre o tal do baú, o caminho é longo e nem todos têm fôlego ou força de vontade para encontrar a “linha de chegada”.
Às vezes, nós nos fechamos –até como um baú, mesmo- e resguardamos tudo de mais precioso que sentimos, esperando por alguém que faça valer a pena o tempo que passou. Porém, este alguém pode não chegar, ou simplesmente não ser tudo aquilo que acreditávamos, ou sonhávamos que um dia fosse. Sabe por quê? Ah...Esta é fácil demais! Porque somos seres humanos. Estamos suscetíveis a erros e acertos. E outra coisa: contos de fadas, são só para garotinhas, tá? Você pode acreditar que eles existem. Mas, sinto muito pela sua escolha, pois tenho o azar de lhe contar que você vai continuar sofrendo, e muito!
Devemos nos permitir. Precisamos disto para sobreviver; temos a necessidade de ampliar nossos horizontes, de tentar algo novo, e ir à busca de oportunidades desconhecidas. O novo pode assustar, entendo. Só que, ninguém vive sozinho. Pode até viver, mas infeliz. Hoje em dia, quem quer ficar só?!?! Eu, não!


segunda-feira, 7 de março de 2011

Eu, insegura (o)?... Magina!


 Por que temos uma mania estúpida de achar que o do outro é sempre melhor do que o nosso? Por que nos sentimos tão inseguros e nunca temos convicção ao responder algo, e quando alguém mais seguro de si responde, a gente se odeia, se estressa com a gente mesmo, pensando que poderia ter dado aquela ideia ou aquela dica que poderia revolucionar o mundo, e no final de tudo, ainda ganhar os créditos?!?!
Tenso, muito tenso. Quando estou prestando atenção às aulas (é, sou estudante! ),sempre penso: “Gostaria de ter uma máquina do tempo, pra assistir à aula de hoje e voltar no passado. Então, saberia todas as respostas, todas as soluções necessárias...”. Sabe por que isso não acontece? Simplesmente porque não sou melhor que ninguém. Se eu tivesse esse direito, todos teriam também. E já pensou o caos que seria o mundo? Nossa vida seria uma desordem total: ninguém teria dúvida de nada; já saberíamos se iríamos levar um fora, e como conseqüência, não nos atreveríamos a arriscar na cantada;  não estudaríamos, pois já saberíamos a resposta das questões da prova...enfim!
O problema, caro leitor, é que justamente o nosso passado que faz com que tenhamos uma história; nossas experiências nos tornam seres ímpares. Não temos poder de previsão. Isso permite com que tenhamos coragem pra arriscar. Como diz o famoso ditado: “Quem não arrisca, não petisca.” Se está interessado, arrisque! Confie em você. Busque mecanismos de expressar o que pensa, o que sente (olha eu aqui! ^^’). Se for bom com a escrita, faça textos, divulgue-os. Se gosta de cantar e faz bem, cante. Se souber declamar, cite os mais belos poemas, ou os crie! Seja você. Tenha autoconfiança!
Não é somente a comida do vizinho que é a mais gostosa. O vizinho pode saber cozinhar, mas você pode se comunicar como ninguém! Isso faz de vocês pessoas diferentes. Ele com certeza olha pra você e sente vontade de ser tão comunicativo quanto, e você nem sabe! Pense nisso!


sábado, 5 de março de 2011

O ciclo...da vida!

Num momento da vida, dois gametas se encontram: um X e outro, Y, cada um com sua característica peculiar. E juntos, dão origem a um único ser, resultado da união dos dois. Este se desenvolve num local bem esquisito, escuro e quentinho, alimentando-se com facilidade e crescendo ao longo do tempo. Porém, o momento chega. “Oops! Que momento?!? Está tudo tão bem!”. O momento de encarar a realidade, de ter que lutar pelo que se deseja.
Aprendemos a nos esforçar, a nos submeter a certas situações desde bebês, quando precisamos chorar para conseguir nosso alimento. Assim, crescemos. Só que muitos de nós aprendemos também, que chorar nem sempre vai nos recompensar. Isto deixa pros bebês!
Cada fase, uma dificuldade. A partir dos primeiros passos, damos sempre outros, aumentando o nível: andar, falar, ler, escrever, interpretar, estudar, dedicar, abdicar, desesperar, acreditar e finalmente, o reconhecimento. Reconhecimento pessoal e profissional. Afinal, o que seria da vida, qual seria o seu sentido, se nós nos esforçássemos tanto, lutássemos sempre para conquistar  somente o desconhecido? A concorrência é acirrada. Mas isso é fichinha! Se conseguimos sair na frente de 400 milhões, lá no nosso passado mais distante [e inconsciente], o que uns 30 ou 40 indivíduos vão representar pra gente?!? Nada! “Fala sério, né”?



sexta-feira, 4 de março de 2011

Olhares e almas



Num momento inesperado, uma alma se identifica com outra e busca formas de estar sempre próxima. Procura mecanismos de interação- envolvimento e tenta, a todo instante, seduzir. Não no sentido pejorativo, malicioso, mas no sentido de atração. Isto mesmo, tenta atrair todos os olhares para si, sem se importar com que os outros vão pensar. Outros? Quais outros? Esta alma quer mesmo os melhores sentimentos que a outra alma pode lhe proporcionar.
Seus olhares são como cargas positivas e negativas, atraindo-se. Há uma necessidade de interação, de estar sempre próximos. Esta relação é multidisciplinar: atrações físicas, uma intensa química e lógica zero. Não há porquês e sim, “poréns”. Um queria o outro. Mas, como? Como explicar para si mesmo, que é possível sim, dar o braço a torcer e permitir que haja novamente um encontro?
Acontece caro leitor, que uma destas cargas ganhou elétrons e atração ficou mais fraca: repulsavam-se, repudiavam-se. Mas, o tempo passou. E nesta lógica zero, o tempo permitiu que uma destas almas, tratada como “uma carga eletricamente instável”, perdesse elétrons: elétrons do ódio, do rancor. E então, ela voltou mais uma vez, a se sentir atraída pela outra alma, eletricamente “neutra”.